Thiago Maia é ator profissional, com
direito a DRT e tudo mais. Há tempos não pisa nos palcos tendo a máscara de
um personagem, pois optou por encenar nos bastidores da arte mineira e se
satisfaz com os aplausos de sua atuação. Sua missão agora é ser gerente das
ações culturais do Sesi/FIEMG em todo estado de Minas Gerais. São aproximadamente 5 centros culturais, 8 teatros, 32 escolas de cultura, diversos grupos artísticos, festivais, além de vários programas pelo estado
inteiro permeando sua rotina diária.
Em uma conversa informal e cibernética
com Nil César, Thiago deu sua rica contribuição para o nosso blog, sobre o tema “O
Contabilista e a Cultura”.
Perceba como suas reflexões são
ricas e muito pontuais.
Boa leitura!
A área cultural é também uma área de negócios.
Maia não tem dúvida de que o
profissional da contabilidade é fundamental e imprescindível para qualquer área
de transação comercial. Em sua opinião, o que falta são os gestores culturais,
artistas, proponentes e produtores entenderem que a arte também é uma área de negócio.
Ele concorda que os retornos do empreendimento artístico devem, sim, ser medidos
por outros parâmetros: pelo retorno institucional, pelo ganho social, pela
diminuição da tristeza, pela transformação da realidade, pela diminuição do absenteísmo
(faltas e atrasos ao trabalho), pelo aumento da produtividade (seja ela em
qualquer área).
“Pode-se dizer que a área cultural precisa ser medida por características distintas das outras formas de negócio? Sim! Pode-se dizer que é um negócio que não dá lucro monetário? Correto! É um negócio que precisa de mecenato, de investimento - seja ele governamental ou privado? Verdade!”
Mas, para ele, quem trabalha com
a cultura nunca pode se esquecer de que ela é também uma relação de oferta e de
demanda.
Thiago defende também a ideia de
que os contabilistas, administradores e as empesas se aproximarão com maior
facilidade do setor cultural a partir do momento em que os gestores se
conscientizarem de que, para coordenarem as suas ações, é preciso encará-las
como se fosse uma carreira que almeja sucesso, como se fosse uma microempresa
que quer crescer. A gestão cultural também segue as mesmas regras que qualquer outro
empreendimento comercial: requer estratégias, planejamentos, investimentos e gerência
financeira.
“Tem que entender que a área cultural e artística
é também de negócios. Ela, a gestão, não é uma área de paixões, de visceralidade.
Os artistas são viscerais, a cultura e o meio cultural podem ser viscerais. Não
se faz gestão com vísceras. Se faz gestão com planilha do Excel e cérebro.”
Para ele os “personagens” que
estão no papel do gestor cultural devem entender que as regras e leis já estão estabelecidas
e impostas para todos os empreendimentos, inclusive para a arte. É preciso conhecê-las
até mesmo quando se quer questioná-las. “O
contabilista é peça fundamental para colaborar com o aprofundamento dessas
questões. O lugar do contador vai muito além de gerar guias e lançar gastos.”
* Futuramente postaremos mais um
pedaço dessa entrevista, que tem muitas dicas importantes para o contabilista
que deseja se aproximar da área cultural e para os gestores de cultura que
almejam aproximarem-se de contadores sensíveis aos seus projetos.
CONTINUE ACOMPANHANDO NOSSAS
NOVIDADES.
ESSAS SÃO ALGUMAS DAS FIGURAS QUE ESTÃO SÓ AGUARDANDO O TERCEIRO SINAL, PARA TAMBÉM PROTAGONIZAREM A CENA AQUI NESSE PALCO:
CLARICE LIBÂNIO - Antropóloga e gestora da ONG Favela é isso ai! |
ALEXANDRE BOSSI - Doutor em Contabilidade e Finanças, especialista em Gestão Pública, professor universitário e consultor concursado da ALMG |
FERNANDA CARVALHO - atriz do Grupo do Beco, professora de teatro e estudante de CONTABILISTA pela PUC/MG |
ROMULO AVELAR - Administrador, produtor, gestor cultural e assessor de planejamento do Grupo Galpão e da Casa do Beco |
E AINDA TEM MUITO MAIS... AGUARDE!
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